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Foto do escritorAlex Stein

Dicotomias

Atualizado: 16 de dez. de 2021



Desde o dia 13 de agosto, a Civisporã vem publicando no seu perfil do Instagram, uma relação de instituições, formais, ou não, cujo trabalho melhora a nossa sociedade de alguma forma.


Todas as sextas ela fala sobre o trabalho (ou projeto) de um instituto, empresa, associação, grupo de pessoas, que, de uma forma, ou de outra, traz benefícios para a nossa sociedade, melhorando a vida de todos, mesmo que, num primeiro momento, possa parecer que apenas um grupo específico se beneficie deste trabalho.


Mas antes de começar a falar sobre esse assunto que nos traz a esperança de um futuro melhor, quero pedir que você acesse este link para escutar uma música que tem tudo a ver com o artigo de hoje, enquanto segue o meu pensamento.



Até agora, foram 15 postagens falando desde um projeto mundial sobre clima, meio ambiente e sustentabilidade - o Climate Reality Project - até uma pequena associação - Amigos da Vida - que está gerenciando o terreno transformado por ela numa praça, no centro de Itajaí/SC (mais, aqui, aqui e aqui).


Falar sobre cada um destes trabalhos, sejam eles grandes, ou pequenos, provam algo sobre o qual eu já sabia: existe uma infinidade de pessoas que desejam e trabalham por uma CIVIS (Sociedade) PORÃ (Melhor).


E mesmo que alguns desses projetos e trabalhos tenham uma abrangência muito restrita fisicamente, os ensinamentos e aprendizados gerados por eles podem alcançar o outro lado do planeta, ainda mais em uma sociedade conectada como a nossa.


Um dos motivos pelo qual eu sinto um prazer imenso ao produzir estes materiais está em mostrar que uma sociedade melhor é possível e que somos capazes de progredir através de atitudes altruístas que possibilitam benefícios a muitos, solucionando problemas criados por nós mesmos.


Sem contar que a cada pesquisa por projetos e trabalhos que realmente tragam benefício para a sociedade, eu acabo conhecendo, e me relacionando, com pessoas que possuem o mesmo objetivo que o meu, aumentando ainda mais o prazer que eu sinto nesse trabalho.


Toda semana eu aprendo algo novo, me relaciono com pessoas espetaculares, conheço novas histórias e descubro novas possibilidades para a nossa sociedade.


E se isso tudo não bastasse, depois de apenas 15 postagens, descubro que algumas delas foram pontes de conexões entre pessoas que não se conheciam, e que possibilitaram novos rumos e aplicações aos seus projetos e trabalhos.



Só que os sentimentos gerados quando estou pesquisando e produzindo este tipo de conteúdo contrasta diretamente com o os sentimentos que me acometem quando escrevo alguns dos artigos aqui para o Sermoré da Civisporã.


Contrasta porque todas as quartas eu trago informações que, embora sejam extremamente importantes para uma capacitação do “ser cidadão”, muitas delas são doloridas, como, por exemplo, saber que o nosso sistema de segurança pública é ineficaz (mais aqui, aqui e aqui), ou que a desigualdade econômica no mundo em que vivemos é gigantesca (mais aqui, aqui e aqui), ou ainda que, diariamente, jogamos no lixo pessoas que poderiam descobrir a cura para alguma doença, ou revolucionar a tecnologia de alguma forma (mais, aqui).


Contudo, entendo que aperfeiçoamento significa autoanalise e reconhecimento, tanto das situações e atitudes que geram realidades desagradáveis, quanto das situações e atitudes que produzem realidades opostas.


Ignorar as coisas que geram realidades prejudiciais e desagradáveis não muda tais realidades. Ou seja, desprezar situações que causam mal não nos torna melhores, mas alienados.


Por isso a importância de falarmos sobre elas, conhecê-las, discuti-las... Só assim poderemos EXTINGUÍ-LAS, se assim for necessário, ou CORRIGI-LAS, se assim for possível, de uma forma bem dicotômica (classificação cujas divisões possuem somente dois termos contrastantes entre si) da nossa realidade, mais ou menos como o dia e a noite, o claro e o escuro, o 0 e o 1.


E se você entendeu aonde quero chegar com essa ideia de “dicotomia”, pode estar pensando em me dizer que, entre o dia e a noite existe o entardecer e o crepúsculo; que entre o claro e o escuro existe uma gama de nuances do brilho da luz; e que entre o 0 e o 1 existe um infinito dentro de infinitos de números... e que, portanto, não necessariamente é preciso EXTINGUIR, ou CORRIGIR algo para se melhorar uma situação.


Mas para que a gente alcance respostas além de uma dicotomia de soluções, a sua participação na construção de uma sociedade melhor é de extrema importância, pois a sua contribuição pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso, entre o acontecer, e o não acontecer... ou simplesmente algo no meio entre estes termos dicotômicos.


E é com esse desejo imenso de desenvolver o espírito político/social das pessoas que a Civisporã elabora o seu trabalho, seja na publicação de conhecimento nos seus canais, seja produzindo camisetas para nós, seres humanos, e nossos amigos peludos. Sempre com o propósito de conscientizar a população de que a sociedade atual é o resultado daquilo que somos no dia a dia, e de que nossas atitudes transformam a sociedade, positiva – ou negativamente.



Alguns dos textos estampados nas suas camisetas podem parecer um pouco duros, pois repreendem atitudes prejudiciais; outros apresentam um convite a juntar “lé com cré”; outros são motivacionais. Mas todos eles nos fazem pensar e possuem o mesmo objetivo: lembrar que somos nós que construímos o Brasil e que cabe a nós melhorar a nossa sociedade. Sociedade esta que se iniciou no encontro dos colonizadores portugueses com os nativos indígenas que aqui já viviam.


E é refletindo esse início do nosso país que está estampado o propósito fundamental da CIVISPORÃ:

CIVIS: Sociedade, em Latim.

PORÃ: Boa/m, bonita/o, melhor, em Tupi.

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