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Foto do escritorAlex Stein

O que estamos merecendo?

Atualizado: 16 de dez. de 2021



Finalmente resolvi discutir sobre o tema que deu início ao empreendimento dessa missão muito bacana, ao qual abracei com todo o meu ser, e que, depois de arquitetado e decidido o seu nome - Civisporã - vem me trazendo não apenas desafios, mas também muitas alegrias, como novos amigos e oportunidades, assim como conhecimentos e novos caminhos.


Hoje, eu convido você a ler sobre FAIXAS DE PEDESTRES, o desrespeito a elas, e como foi que essa questão virou, para mim, não só o início da Civisporã, mas um dos símbolos que me serve, hoje, de baliza sobre o atual desenvolvimento da nossa sociedade (assim como o estado das nossas calçadas, a desigualdade social, o respeito ao meio ambiente e às minorias, entre outros).


Mas antes de começarmos, esse link te leva a uma música que eu escolhi para você escutar enquanto segue o meu pensamento sobre essa questão, tão difícil de ser respeitado na nossa sociedade.


Para quem não sabe, eu fui comissário de voo internacional durante quase 5 anos da minha vida, na saudosa Viação Aérea São Paulo, a VASP. E nesse trabalho eu conheci muitas cidades grandes, populosas e com trânsitos pesados, mas extremamente respeitosas com uma coisa que não tem preço: A VIDA.


E duas coisas me chamavam a atenção ao andar por cidades como Frankfurt, Osaka, Toronto, e tantas outras onde eu pernoitava, ou passeava: suas calçadas e o respeito dos motoristas com relação ao ser humano e, consequentemente, o respeito às faixas de pedestres.


Aquilo era completamente fora da minha realidade de Brasil.


Um dia eu fiquei indo e voltando para o ponto da calçada onde começava uma faixa de pedestres sem semáforo, na cidade de Zurique, só para ver se os carros realmente paravam (sabe aquela criança quando ganha um brinquedo e fica testando o mesmo botão várias vezes, para ter certeza de que ele funciona como deve?). Mais, aqui.


Era incrível ver que os motoristas paravam para eu atravessar a rua por estas “calçadas pintadas de faixas brancas ao nível da rua”. Porque, no fundo, é isso o que uma faixa de pedestres é: uma calçada - só que rebaixada ao nível da rua - ao qual os carros devem parar SEMPRE que houver um pedestre querendo utilizá-la para chegar ao outro lado da via.


Veículos só cruzam calçadas DEPOIS de averiguar se há pedestres passando por elas. Por acaso você já viu algum carro saindo direto de uma garagem, sem parar para averiguar se tem um pedestre passando pela calçada por onde ele vai cruzar?


É a mesma ideia... o mesmo PRINCÍPIO.


Ou seja, sempre que um motorista se aproxima de uma faixa de pedestres, ele deve diminuir a velocidade e olhar para os dois extremos dela, para ver se tem algum pedestre querendo atravessar a via. Caso haja, ele deve parar.


E pouco importa se tem um veículo atrás dele, pois tal veículo (o de trás) DEVE manter um distanciamento seguro em relação ao da frente, e DEVE parar ao ver a sua luz de freio. Logo, ele deve fazer as mesmas coisas que o veículo que segue a sua frente.


Mas o que vemos no nosso país são absurdos atrás de absurdos. Um deles (que está sendo replicado por algunsmotoristas que dão a preferência legal para o pedestre passar na faixa) é uma suposta obrigatoriedade de ligar o pisca alerta quando for parar para ela (a faixa)... e já falei sobre esse caso no artigo Normatizando Absurdos. Se você não o leu, sugiro que dê uma lida nele o quanto antes (tem outros absurdos que são “normatizados” e você deveria conhecê-los).


A pergunta que eu sempre me faço é: POR QUE NÃO RESPEITAMOS AS FAIXAS DE PEDESTRES?


Acredito que os motivos são variados, mas o maior deles está numa grande conhecida nossa: a falta de respeito com o coletivo, com o social. O que retrata bem o nosso nível de egoísmo (não que somente os brasileiros sejam egoístas, lógico).


Pensa comigo: quantas pessoas você viu nessa pandemia que não seguiram os protocolos de segurança? Quantas pessoas você escuta dizendo que é importante pagar os impostos? Quantos políticos você conhece que são honestos?


O que eu quero dizer, no final das contas, é que está tudo interligado e vou me explicar melhor.


Esses dias eu li um comentário, abaixo de uma foto da primeira camiseta que começamos a vender na Civisporã, que dizia não haver lógica na comparação entre alguém que não respeita a faixa de pedestres e um político corrupto.



É lógico que o potencial ofensivo (o “tamanho” do erro) destes dois “delitos” é muito diferente. Tanto é que, para quem não respeita a faixa, a pena é de uma multa, além de pontos na carteira de motorista. Já para quem rouba dinheiro público, a pena é de reclusão (prisão), de acordo com o tipo de corrupção praticado.


Mas o que está por trás destes dois erros de conduta social é a mesma coisa: a falta de respeito pela sociedade como um todo.


Quando alguém ocupa uma cadeira pública e rouba dinheiro do povo, ela pode matar alguém que poderia ser beneficiado com aquele dinheiro roubado, que não foi utilizado na saúde, por exemplo.


Quando alguém ocupa o assento do motorista de um carro e não respeita as leis de trânsito, ela também pode matar alguém. Aliás, você sabia que o tráfego brasileiro mata uma pessoa a cada 15 minutos? Mais, aqui, aqui, e aqui.


Eu concordo com muitos que me dizem que a frase é dura. Ela tem um tipo de abordagem para mudanças de atitudes inspirada na publicidade inglesa, com comunicação direta e impactante. Sem a famosa história do "gato que subiu no telhado" para dar uma notícia forte a alguém, como dizem alguns publicitários.


Mas ela causa uma sacudida e agitação interior, convida à reflexão, à discussão do assunto (conversa sobre ele) e... conscientiza, possibilitando a mudança para uma atitude melhor (mais, aqui). E é justamente esse o grande objetivo da Civisporã.


Foi por isso que eu resolvi abraçar essa causa de corpo e alma. E é por isso que eu convido você a estar comigo nela também, sem precisar abrir a boca para dizer coisas que, muitas vezes, nos sacodem para o crescimento individual (o famoso feedback de aprimoramento).


Mas se você não se sente bem utilizando uma camiseta como esta da foto acima, porque acredita que a frase seja muito forte, tudo bem. Tem outras que apresentam um convite a juntar “lé com cré”. Tem ainda aquelas que são mais motivacionais. Dá uma olhadinha nelas. Veja se tem alguma que combina com você.


Aliás, se você tiver alguma frase que gostaria de ver estampada em uma das nossas camisetas, deixa um comentário aqui, ou em um dos outros canais da Civisporã, como o Instagram, por exemplo. Vai que a gente curte e pede a você o consentimento de uso.


Mas entra com a gente nessa onda urgente pela mudança por uma sociedade melhor. Somos NÓS que fazemos a sociedade ser o que ela é. Então, depende de nós mesmos mudarmos.


Ah, e se você quiser dar voz para o seu pet para essa conscientização que estamos promovendo, a Civisporã também produz camisetas para eles, sempre com o grande objetivo de conscientizar as pessoas de que somos nós que construímos o Brasil e que cabe a nós melhorar a nossa sociedade. Sociedade esta que se iniciou no encontro dos colonizadores portugueses com os nativos indígenas que aqui já viviam.


E é refletindo esse início do nosso país que está estampado o propósito fundamental da CIVISPORÃ:

CIVIS: Sociedade, em Latim.

PORÃ: Boa/m, bonita/o, melhor, em Tupi.


Bora?


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