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Foto do escritorAlex Stein

Planeta vida

Atualizado: 30 de mar. de 2022



Ontem (22/03) foi o Dia Mundial da Água e resolvi puxar o papo de hoje com você exatamente sobre esse, que é o bem mais precioso que temos para a existência de vida no nosso pequeno Planeta Terra, no qual, por conta de possuir 71% de água em sua superfície, deveria se chamar Planeta Água (informação que acredito que você já sabia).


Mas antes de começar, como sempre, peço que você acesse esse link, para escutar uma música enquanto papeamos.


--- Pausa para a música iniciar ---


Não sei se você chegou a ler uma notícia publicada em inúmeros veículos de comunicação informando que 763 cidades brasileiras distribuem águas contaminadas com substâncias químicas e radioativas às suas populações (mais, aqui).


Isso significa que a população de quase 15% das cidades brasileiras consome água contaminada todos os dias (e quando eu falo consumir, não significa apenas beber, mas tomar banho, cozinhar, entre milhões de outras coisas no qual utilizamos a água da torneira).


Mas os números com certeza são ainda maiores, já que das 5.569 cidades brasileiras, apenas 2.924 possuem testes de substâncias químicas e radioativas. Um pouco menos da metade dos nossos municípios, 2.645, para ser mais exato, sequer sabem o que se passa.


Ou seja, de todas as cidades que efetuam testes, 1 em cada 4 distribui águas contaminadas com substâncias que causam problemas de saúde como câncer, mutações genéticas, entre outros.


Detalhe: esses problemas não aparecem da noite para o dia. Eles levam anos para dar as caras. E quando aparecem, se apresentam de forma muito grave.


Não tenho os dados da quantidade de pessoas que estão expostos a este perigo, já que o problema atinge desde pequenas cidades como Curianópolis, no Pará, até São Paulo, inviabilizando chegar a esse número.


Mas tenho absoluta certeza de que o problema atinge mais de ¼ da população brasileira, já que São Paulo, Guarulhos, Brasília, Porto Alegre, Campinas, Santos, São Bernardo do Campo, Jundiaí, Florianópolis, Fortaleza, Campos dos Goytacazes, entre outras cidades populosas, distribuem água imprópria para o consumo humano (de acordo com as leis brasileiras, que ainda permitem uma contaminação MUITO maior do que as leis de países ocidentais).


Acesse o site com o mapa que apresenta tais localidades aqui.


Eu publiquei aqui no Sermoré um artigo chamado Amargo Veneno, falando sobre a quantidade de agrotóxicos que consumimos e a permissibilidade das nossas leis quanto ao uso desses agentes químicos. Nele eu também informo sobre a investigação que o Ministério Público de Santa Catarina está realizando sobre a contaminação das águas distribuídas para a população catarinense. Aconselho a leitura.


O problema é muito mais sério do que se imaginava e, infelizmente, não estamos lidando com ele da forma como deveríamos.


Acredito que isso deveria ser motivo para estarmos nas ruas, exigindo que as autoridades tomassem as devidas providências e responsabilizando os causadores de tais contaminações.


Mas a sensação que tenho é de que a maioria da população está alheia à situação, talvez porque não entenda a real gravidade dela.


Aliás, sempre que eu penso nisso, acabo lembrando do filme Erin Brockovich (se você nunca assistiu, super aconselho), o que me faz lembrar que pensar em um possível processo dos culpados por danos de saúde causados por estas contaminações pode não ter o mesmo desfecho do filme.





Mais um motivo para acreditar que devemos exigir uma atuação enérgica por parte das autoridades, afinal de contas, precisamos lembrar que, por mais que 71% da superfície do planeta seja coberta com água, apenas 1% dela é própria para consumo - 97% da água da terra é salgada, e dos 3% restantes, 2% está congelada (mais, aqui).


E é com um enorme empenho de conscientizar e desenvolver um senso de cidadania capaz de fazer com que exijamos ações eficazes para resolver problemas como esse que a Civisporã elabora o seu trabalho, seja na publicação de conhecimento nos seus canais, seja produzindo camisetas para nós, seres humanos, e nossos amigos peludos.


Sempre com o propósito de sensibilizar a população de que a sociedade atual é o resultado daquilo que somos no dia a dia, e de que nossas atitudes transformam a sociedade, positiva – ou negativamente.



Alguns dos artigos apresentados aqui no Sermoré da Civisporã, ou nos textos estampados nas suas camisetas, podem parecer um pouco duros, pois repreendem atitudes prejudiciais; outros apresentam um convite a juntar “lé com cré”; outros são motivacionais.


Mas todos eles nos fazem pensar e possuem o mesmo objetivo: lembrar que somos nós que construímos o Brasil e que cabe a nós melhorar a nossa sociedade. Sociedade esta que se iniciou no encontro dos colonizadores portugueses com os nativos indígenas que aqui já viviam.


E é refletindo esse início do nosso país que está estampado o propósito fundamental da CIVISPORÃ:

CIVIS: Sociedade, em Latim.

PORÃ: Boa/m, bonita/o, melhor, em Tupi.

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